Hino Nacional Brasileiro de Joaquim Osório Duque Estrada

O Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, foi oficializado no dia 6 de setembro de 1922.

O Decreto nº 15.671, do então presidente Epitácio Pessoa, oficializou o poema como a letra do Hino Nacional.

Naquele ano, a Independência do Brasil completou cem anos no dia 7 de setembro.

Duque-Estrada (1870-1927) era Crítico literário na imprensa brasileira, venceu um concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse à música do hino, promovido pelo próprio presidente Epitácio Pessoa.

A versão atual da música do hino é de Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865), que é anterior à oficialização da letra do hino.

Apesar da oficialização no dia 6 de setembro, a data que se comemora o Dia do Hino Nacional é Dia 13 de Abril.

No entanto, a letra e a música como é apresentada atualmente só foi oficializada em 1º de setembro de 1971, através da Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700.

 

 

Letra do Hino Nacional do Brasil

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

Música: Francisco Manuel da Silva

 

Primeira parte

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante,

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,

De amor e de esperança à terra desce,

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!

 

Segunda Parte

Deitado eternamente em berço esplêndido,

Ao som do mar e à luz do céu profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

“Nossos bosques têm mais vida”,

“Nossa vida” no teu seio “mais amores”. (*)

Ó Pátria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado,

E diga o verde-louro dessa flâmula

– Paz no futuro e glória no passado.

Mas se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada

Entre outras mil

És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo

És mãe gentil,

Pátria amada,

Brasil!